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Falta de oxigênio causa danos reversíveis ao coração

Geral

26.05.2016

Uma pesquisa publicada na revista FASEB Journal explica como o coração se adapta quando a pessoa é exposta a baixos níveis de oxigênio, como no topo do Monte Everest ou na UTI de um hospital. No estudo, os pesquisadores monitoraram cientistas que passaram algum tempo no Acampamento Base do Monte Everest e descobriram que o baixo nível de oxigênio causou mudanças nas funções cardíacas, que são parecidas com doenças que restringem a quantidade de oxigênio no coração, como fibrose cística, doença pulmonar obstrutiva crônica, enfisema, pneumonia, e algumas formas de insuficiência cardíaca. A boa notícia é que as funções cardíacas dos cientistas voltaram ao normal depois de seis meses. O resultado sugere que o mesmo também aconteceria com pessoas que passaram algum tempo na UTI, isso se a causa da insuficiência de oxigênio for resolvida.

“Esses experimentos não só mostram o efeito do baixo nível de oxigênio em corações saudáveis, mas também nos ajuda a compreender melhor como o corpo lida com as doenças”, diz Cameron Holloway, da Universidade de Oxford, que participou da pesquisa. O estudo foi feito com 14 físicos e cientistas enquanto faziam uma trilha no Monte Everest até o acampamento base usando equipamentos de monitoramento cardíaco (uma combinação de ecocardiograma, ressonância magnética e um exame especializado que avalia os componentes químicos do coração).
Depois da caminhada, nenhum deles apresentou problemas cardíacos, mas os monitores mostraram mudanças no coração consistentes com as apresentadas por pacientes com insuficiência cardíaca. Todos os protocolos foram repetidos 48 horas depois, e novamente em seis meses. Todas as mudanças voltaram ao normal no intervalo de seis meses, sugerindo que essas mudanças geradas pela hipóxia são extensas, porém reversíveis.

Reprodução: http://saude.hsw.uol.com.br/