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Governo lança campanha de doação de leite materno para subir ofertas no SUS

Geral

21.05.2015

O Ministério da Saúde lançou nesta quarta-feira (20) a Campanha Nacional de Doação de Leite Materno com o objetivo de ampliar a rede de oferta do alimento no país que atualmente supre 60% da demanda. O leite materno doado vai para os bancos de leite onde é pasteurizado e entregue para ser usado nas UTIs neonatais do SUS (Sistema Único de Saúde).

O governo investiu R$ 1 milhão na campanha cujo tema é “Seja doadora de leite materno e faça a diferença na vida de muitas crianças”. O tema será veiculado na TV e na mídia eletrônica por um ano.

O aleitamento materno exclusivo até seis meses e prolongado até os dois anos é preconizado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para proteger o bebê de infecções, diarreias e alergias, além de diminuir a chance de mortalidade infantil e evitar a obesidade, diabetes e hipertensão ao longo da vida. Estudos provam que o leite materno pode reduzir em 13% as mortes por causas evitáveis em crianças de até 5 anos.

“A meta é ampliar em 15% as doações para bebês prematuros. Um litro de leite beneficiará 10 bebês prematuros”, disse a ministra da Saúde interina, Ana Paula Soter.

Todos os Estados têm banco de leite
Atualmente, o país conta com 215 bancos de leite e 98 postos de coleta distribuídos em todos os Estados brasileiros, o que faz o país ter a maior e mais complexa rede de bancos de leite do mundo. Em 2014, 164 mil mulheres doaram leite materno no Brasil. No mesmo ano foram coletados 184 mil litros de leite, beneficiando a 170 mil recém-nascidos, total correspondente entre 55% a 60% da necessidade do país, segundo dados do Ministério da Saúde.

No Brasil, 67,7% das crianças mamam na primeira hora de vida e a duração média do aleitamento materno exclusivo é de 54 dias. Ainda segundo o Ministério da Saúde, 41% dos menores de 6 meses tiveram alimentação exclusivamente por leite materno.

Desde 2005, o país exporta técnicas de baixo custo para implementar bancos de leite materno em 25 países.

“O Brasil desde o final da década passada se tornou o maior protagonista na cooperação de bancos de leite que contempla 25 países […] como Cabo Verde, Moçambique e Angola, e ser reconhecido pela OMS como portador de uma tecnologia passível de reduzir a mortalidade infantil, disse o pediatra Paulo Bonilha, coordenador de Saúde da Criança do Ministério da Saúde.

Como e onde doar?
Qualquer mulher que esteja amamentando pode doar leite sem correr o risco de ‘secar’ a produção, já que a doação estimula a produção do alimento. Para doar, a mulher que estiver amamentando pode ligar no número 136 ou procurar o banco de leite mais próximo. Veja a lista de bancos de leite nos Estados e no Distrito Federal.

Antes da coleta, a doadora deve fazer uma higiene pessoal com água, cobrindo os cabelos com lenço ou touca, e limpar as mamas com uma toalha limpa.

O leite deve ser coletado em local limpo e tranquilo e pode ficar no freezer ou no congelador da geladeira por até 10 dias. Nesse período, deverá ser transportado ao banco de leite humano mais próximo da sua casa.

“Quando a mulher amamenta ela cumpre um papel social e precisa de todo apoio da sociedade”, disse a atriz Maria Paula, ‘ex-Casseta e Planeta’, que estava presente no lançamento. A atriz recebeu, em 2012, o título de Embaixadora da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, devido ao seu envolvimento e dedicação à causa.

Reprodução: UOL