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Hábitos visuais

Geral

15.09.2014

Falar sobre hábitos alimentares é algo relativamente comum nesses dias de patrulha pelo bem-estar, academia e suplementos. Porém não é tão fácil assim ver pessoas comentando sobre seus hábitos visuais ou a que regime se submete quanto ao uso excessivo de computador, televisão, smartphone, tablets e a respeito de cuidados gerais com a visão. Na maioria das vezes exageramos ou somos negligentes, diariamente, com nossos olhos e nem nos damos conta do mal que estamos fazendo à nossa visão. Imagine então os prejuízos para as crianças.
Assistir tevê muito próximo à tela, ler dentro de automóveis em movimento, limpar os olhos com as mãos sujas, ler em ambientes mal iluminados, tomar banho de piscina ou de mar usando lentes de contato ou usar aqueles óculos descartáveis comprados em farmácias, tudo isso causa um mal danado à nossa saúde ocular.
A visão é um dos sentidos mais delicados e suscetíveis a problemas. E geralmente o nosso maior inimigo somos nós mesmos, pois não tomamos cuidados com a alimentação, não fazemos exames preventivos regularmente e tampouco ligamos para a higiene. Senão, vejamos: qual foi a última vez que você foi ao oftalmologista?
Danos cotidianos
Uma visita de rotina ao oftalmologista pode evitar uma cegueira oculta em pleno processo de andamento. Por exemplo, aos 40 anos quase todas as pessoas começam a ter perdas visuais, enxergar embaçado de perto, ou seja, é chegada a presbiopia. O oftalmologista Marcos Fulco comenta que ao ir no consultório em busca de óculos, o paciente pode descobrir ter um glaucoma. Para tanto, ele submete o paciente a um exame para verificar a pressão do olho.  
“Você não sabe o número de pessoas que chegam aqui sem sintoma nenhum e que têm glaucoma. E que se não viesse, com um ano depois estaria cego. Aí, hoje liberaram no País o cara ir numa ótica e fazer um óculos para o paciente. E ele sai muito feliz Algumas óticas tem um ‘técnico’.”
O oftalmologista também critica a banalização das lentes de contato, receitadas diretamente em algumas óticas sem os critérios necessários, muitas vezes pela figura do tal “técnico”.
Marcos Fulco aproveita para criticar severamente os óculos “descartáveis” vendidos sem receita, principalmente em farmácias. Ele diz estar com muito medo do que vem acontecendo no Brasil com relação a esse tipo de venda indiscriminada.

Ele relata que, nos Estado Unidos, se seus óculos quebrarem durante um fim de semana, a pessoa vai a uma farmácia e compra uns óculos, mas na segunda-feira está no oftalmologista para ser receitado.

“Aqui, o cara nunca fez um exame, não está vendo bem, vai na farmácia, fica experimentando os óculos até achar um que está ótimo. E usa um ano, dois anos, só vai ao médico se acontecer um problema. Isso é um erro! E no Brasil não deveria ser liberado enquanto o pessoal não tivesse conhecimento do mal que isso pode causar”, comenta Marcos Fulco

Fonte: Tribuna do Norte