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Médicos de Natal podem suspender atividades por falta de pagamento

Geral

24.10.2014

De acordo com a Coopmed, dívida da Prefeitura é de R$ 4 milhões apenas com plantões médicos Os médicos Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte (Coopmed/RN) que prestam serviços na rede municipal de saúde podem paralisar os serviços a partir de novembro. Isso porque a Prefeitura de Natal não paga os cooperados há dois meses. Segundo o presidente da cooperativa, Fernando Pinto, a dívida do município é de cerca de R$ 4 milhões só com plantões médicos, sem contar com procedimentos de alta e média complexidade financiados por Natal.

Ainda conforme o presidente, são cerca de 150 profissionais que estão sem receber por dois meses seguidos. A paralisação dos serviços a partir de novembro irá prejudicar 15 unidades de saúde da Prefeitura de Natal onde esses profissionais prestam serviço. O Hospital dos Pescadores, A maternidade de Felipe Camarão, as Unidades de Pronto-Atendimento da Cidade da Esperança e de Pajuçara e Centros de Apoio Psicossocial (Caps) poderão ter seus serviços prejudicados.
No último contato que teve com o secretário municipal de Saúde, Cipriano Maia, Fernando Pinto não recebeu uma resposta conclusiva. “Ele disse que o município não tinha o recurso e quando o recurso aparecesse seria para a folha de pagamento”, contou o responsável pela cooperativa. A conversa ocorreu na terça-feira passada segundo Pinto.
Com dificuldades para receber, muitos profissionais simplesmente optam por outro emprego. Cerca de 10% dos 150 cooperados que atendem a população do município já pediram desligamento da escala. “O problema é que essas pessoas têm seus compromissos pessoais. Alguns profissionais pedem até desligamento da escala. O pior é que tem profissionais que são muito difíceis de encontrar, como os pediatras, que é difícil até mesmo na rede privada”, explicou.
A cooperativa já realizou a notificação da secretaria sobre a paralisação. Caso não haja uma resposta conclusiva em cinco dias, a paralisação está confirmada. “Eu tenho que dar justificativa aos cooperados. Que pelo menos se tenha uma previsão para pagar”, sugeriu. A paralisação dos serviços de médicos cooperados não é algo novo. De tantas interrupções no pagamento, ele já perdeu a conta. “Acontece, aí eles pagam só quando é paralisado e assim vai. É um problema crônico”, diagnosticou.

Fonte: O Jornal de Hoje