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Mulheres grávidas devem evitar alcaçuz e glicirrizina

Geral

17.02.2017

Alcaçuz e glicirrizina

O alcaçuz (Glycyrrhiza glabra L.), e seu adoçante natural, chamado glicirrizina, pode ter efeitos nocivos a longo prazo sobre o desenvolvimento do bebê – atingindo até a adolescência.

Por isto, os pesquisadores finlandeses que descobriram a associação afirmam que as mulheres devem evitar consumir grandes quantidades de alcaçuz durante a gravidez.

Segundo eles, ainda não se conhecem os limites para um consumo seguro da glicirrizina durante a gravidez.

O extrato do alcaçuz é usado em confeitaria, em medicamentos para tosse e na produção de alguns tipos de cerveja.

Efeitos da glicirrizina na gravidez

O estudo, realizado pela Universidade de Helsinque e pelo Instituto Nacional de Saúde e Bem-estar da Finlândia comparou 378 jovens de cerca de 13 anos de idade cujas mães tinham consumido "grande quantidade" (mais de 500 mg) ou "pouco/nenhum" (menos de 249 mg) de glicirrizina por semana durante a gravidez – 500 mg de glicirrizina correspondem, em média, a 250 g de alcaçuz.

Os jovens que foram expostos a grandes quantidades de alcaçuz no útero tiveram um desempenho inferior em testes de raciocínio cognitivo realizados por um psicólogo. A diferença foi equivalente a aproximadamente sete pontos de QI (quociente de inteligência).

Aqueles expostos à glicirrizina também se saíram pior em tarefas que medem a capacidade da memória e mais problemas envolvendo transtorno do déficit de atenção com hiperatividade. Com as meninas, a puberdade começou mais cedo e durou mais tempo.

Glicirrizina

Os pesquisadores sugerem que as mulheres grávidas e aquelas que estejam planejando a gravidez devem ser informadas dos efeitos nocivos que os produtos que contêm glicirrizina – como o alcaçuz – podem ter sobre o feto.

Há muito tempo se sabe que a glicirrizina provoca uma pressão arterial mais elevada e uma gravidez mais curta nos seres humanos, mas estes efeitos de longa duração sobre o filho nunca haviam sido demonstrados.

O estudo foi publicado no American Journal of Epidemiology.