O Brasil já registrou 1,5 milhão de casos de dengue entre janeiro e 14 de novembro deste ano. O levantamento, publicado nesta terça-feira (24) pelo Ministério da Saúde, revela um aumento de 176% em relação ao mesmo período do ano passado. Com isso, o governo federal está aumentando os esforços para combater o aedes aegypti. Por causa do mosquito, há 199 cidades que podem ter surto de dengue, chikungunya e zika vírus.

A luta contra o mosquito vem ganhando atenção especial em 2015 porque o aedes também é o portador do chikungunya e do zika vírus.

Foram registrados 17 mil casos suspeitos de chikungunya neste ano, sendo 6.700 já confirmados.

Já o zika vírus foi confirmado em 18 Estados, entre eles Ceará, Alagoas, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.

O zika vem sendo apontado como principal responsável por um surto inédito no Brasil e no mundo, o de microcefalia, que causa a má-formação no cérebro de bebês no período de gestação e compromete o desenvolvimento.

Segundo o Ministério da Saúde, 739 casos suspeitos de microcefalia foram identificado, em 160 municípios de nove Estados.

Em razão de todas essas doenças, o ministério está preocupado com as cidades que podem sofrer com uma explosão do mosquito aedes aegypti.

O Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) aponta 199 municípios brasileiros em situação de risco de surto. Isso significa que mais de 4% das casas visitadas nestas cidades continham larvas do mosquito.

Além das cidades em situação de risco, o LIRAa identificou 665 municípios em alerta, com 1% a 3,9% dos imóveis com focos do mosquito.

Entre as 18 capitais que o Ministério da Saúde recebeu informações, apenas Rio Branco está em situação de risco. Outras sete capitais estão em alerta: Aracaju, Recife, São Luís, Rio de Janeiro, Cuiabá, Belém e Porto Velho.

O levantamento é feito 1.792 cidades brasileiras. Confira neste link se a sua cidade corre risco de surto para essas doenças.