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Sexualidade na gravidez: entenda as transformações do seu corpo

Geral

25.08.2014

Essas questões confundem o imaginário, pensando nisso, o Baby Guide conversou com a analista de comportamento e especialista em terapia comportamental, Dra. Letícia Guedes, que esclareceu tudo sobre o assunto. Tire suas dúvidas:

Uma notícia boa: os especialistas afirmam que de maneira geral, não há contraindicações a prática sexual ao longo da gravidez, e completam que ela é, inclusive, recomendada. “O orgasmo exercita os músculos do períneo que serão utilizados no parto, além disso, diminui a ansiedade ocasionada pela gravidez, auxilia na união dos cônjuges e ajuda a diminuir o ciúme do homem em relação ao bebê”, explica Guedes.

Entretanto, mesmo após a permissão médica a resolução dessa questão ainda gera alguns problemas. “Por exemplo, é sabido que as transformações hormonais no organismo da gestante provocam a mudança do cheiro e o aumento da secreção vaginal, assim essa nova característica é atraente para alguns homens e pode, também, ser repulsivo para outros”, afirma a especialista.

Além disso, no primeiro trimestre algumas mulheres têm diminuição do desejo, isso ocorre porque neste período elas tendem a apresentar muitos enjoos e sonolência.

Outra preocupação da maioria das gestantes é o receio da relação sexual machucar o bebê: “Quanto a isso não há possibilidade”, diz Letícia.

Já alguns homens têm as mulheres grávidas como sagradas, e com isso se vêem impossibilitados de qualquer contato físico. Outros podem não gostar do corpo gravídico. Outro complicador seria em relação às mulheres, que nesta fase, podem ter a sua autoestima diminuída, e dessa forma, não se sentirem atraentes.

“Alguns autores colocam que a satisfação conjugal diminui após a chegada dos filhos, os casais relatam que tornaram-se mais ambivalentes em relação ao seu relacionamento, passaram a dialogar menos e discutir, brigar com maior frequência. Os casais devem se dedicar neste período para não enfrentarem algumas dessas dificuldades apontadas”, ressalta Guedes.

Independente de qual for a sua preocupação ou a de seu cônjuge, procure um médico e um psicólogo para o esclarecimento de suas dúvidas, ambos estão aptos para o auxílio do casal visando o enfrentamento desta fase de maneira adequada e tranquila.

“É importante colocar que para a grande maioria dos médicos obstetras, não há restrições quanto à atividade sexual até quatro ou cinco semanas antes do parto. Outros especialistas não o restringem durante toda a gravidez, salvo em casos específicos. O melhor a se fazer é buscar um obstetra, a fim de orientar o casal em relação à situação específica que aquela gestante e seu bebê se encontram”, afirma a terapeuta.

Porém, de acordo com a especialista, os casais devem se lembrar que a satisfação sexual não é encontrada apenas por meio da penetração, este, portanto, pode ser um excelente período para a descoberta de novas e diferentes formas de satisfação sexual entre os cônjuges, dessa forma, vale o uso da imaginação.

Grande parte das pessoas ainda acredita que o período da gravidez deverá ser um momento de privação, principalmente para o sexo. “É claro que a mulher precisará fazer algumas concessões nesta fase e abandonar alguns de seus hábitos e atividades, mas a prática sexual apenas irá ser evitada por recomendação de um médico”, diz Guedes.

E completa que caso isso não ocorra, é uma oportunidade de obtenção de grande aproximação entre os cônjuges e satisfação sexual: “É necessário tomar os cuidados cabíveis e fazer a opção por posições confortáveis e ideais ao corpo da gestante, assim a prática é segura tanto para a mulher quanto para o seu bebê”, finaliza.

Reprodução: UOL