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SindSaúde critica medidas de contenção de gastos

Geral

09.09.2014

O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sindsaúde-RN) se opõe às medidas de contenção de gastos na Sesap por recomendação do Governo Estado e, por isso, iniciou na manhã de ontem (9), com uma mobilização em frente ao prédio da Secretaria de Saúde, mais uma greve – a segunda deste ano.
Na pauta de reivindicações,, os servidores cobram o abastecimento de medicamentos nos hospitais e que sejam mantidos o adicional de insalubridade para os servidores municipalizados, a alimentação dos servidores e dos acompanhantes dos pacientes e, ainda, os plantões eventuais.

O sindicato considera que as medidas prejudicam não apenas a categoria, mas também a população, já que o governo está também reduzindo o atendimento nas unidades, como é o caso da Unicat (que está funcionando agora 4h a menos).


“O governo gastou a verba para a saúde e nós vamos pagar a conta, perdendo direitos, jornadas e até a alimentação. E a população sofre com a falta de medicamentos”, afirma Manoel Egídio Jr, coordenador-geral em exercício do Sindsaúde-RN.

O secretário de Saúde do Estado, Luiz Roberto, acusou o sindicato de estar fazendo greve em um momento inoportuno e disse que o Sindsaúde não precisa vir dizer que os hospitais estão desabastecidos de medicamentos. “A gente já tem dito que os hospitais estão desabastecidos em todos os lugares. Isso está acontecendo porque estamos com dificuldades para pagar aos fornecedores”.

Quanto às refeições, ele explicou que vai manter a alimentação do paciente e a dos acompanhantes de idosos, crianças e portadores de necessidades especiais, além da alimentação do servidor que estiver de plantão, uma vez que nesses casos a lei obriga. “Aos outros nós não vamos dar, pois não tem nada que garanta a eles esse direito. Se está faltando comida, eu vou priorizar”, disse o secretário.

Em relação aos plantões eventuais, Plantões eventuais, o secretário lembra que todas as pautas anteriores do Sindsaúde cobravam que os plantões fossem retirados e substituídos por servidor concursados. “Esse sempre foi o pleito do sindicato, então esse governo convocou mais de 2.350 servidores e houve uma redução de horas extras dos plantões.  Para se ter uma ideia, até agosto o Estado tinha 195 mil horas de plantão eventual, o que resultava num gasto de R$ 4,6 milhões/mês. Depois da chamada do pessoal do concurso público, reduzimos 111 mil horas. A economia foi superior a R$3 milhões”, disse Luiz Roberto.

Mobilização
Hoje, 09 de setembro, o Sindsaúde promoverá um novo ato público em frente à Unicat, a partir das 9h.
Em seguida, os servidores sairão em caminhada até o Hospital Walfredo Gurgel, onde darão continuidade à atividade.

Cortes
Principais medidas de contenção de despesas

R$ 5 milhões é o valor da economia com os seguintes cortes:
Plantões eventuais: R$ 3 milhões/mês.
Lançamento das faltas dos servidores: R$ 300 mil/mês.
Contenção de alimentação: R$ 700 mil/mês.
Corte de eventos, viagens e diárias: R$ 1 milhão/mês.
R$ 96 milhões é o valor da dívida que a Sesap tem com prestadores de serviço, fornecedores, cooperativas médicas e municípios.
R$ 25 milhões é a previsão orçamentária mensal da Sesap, mas a pasta tem contado apenas com
R$ 17 milhões/mês (68%).
 R$ 40 milhões/mês é o que a Sesap precisaria, devido às dívidas de exercícios anteriores.

Fonte: Tribuna do Norte