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Surto de microcefalia no Nordeste afeta turismo e Carnaval

Geral

05.02.2016

Para manter o turismo em alta neste verão, os Estados do Nordeste declararam guerra ao mosquito Aedes aegypti (transmissor do zika vírus, que pode causar a microcefalia). Dos 404 casos confirmados de microcefalia pelo Ministério da Saúde este ano, 401 foram em Estados do Nordeste e 17 deles estão relacionados ao zika vírus.

Apenas Maranhão e Sergipe não tiveram nenhum caso de microcefalia e/ou outras alterações do sistema nervoso central. Foram 153 casos em Pernambuco, 99 casos na Bahia, 63 casos no Rio Grande do Norte, 37 casos na Paraíba e 23 casos no Piauí.

No dia 13 de fevereiro, em todos os Estados, haverá uma grande mobilização contra o Aedes egypti com o apoio das Forças Armadas. Neste dia, 356 municípios receberão um efetivo de 220 mil militares que vão ajudar na identificação e eliminação de focos dos mosquitos.

Para o Carnaval, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco imprimiu 50 mil panfletos bilíngues com dicas para evitar as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Entre as orientações estão o descarte correto do lixo e o tratamento de água parada. O lema da campanha é "Carnaval sem mosquito, você sem risco".  Em Recife, a venda de fantasias para o Carnaval de rua e a ocupação de imóveis para alugar por temporada caíram.

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No Rio Grande do Norte, o governo estadual decidiu lançar um aplicativo para smartphone com orientações sobre o combate ao mosquito. O aplicativo chamado "Aedes na mira do RN" permite que sejam feitas denúncias de locais com possíveis focos do mosquito. A secretaria estadual de Saúde criou também uma central de atendimento telefônico para gestantes.

A Paraíba criou um aplicativo de denúncias de foco do mosquito para smartphone e tablets. "Estamos trabalhando com o desconhecido e, por isso, um dos eixos do Plano de Combate ao Aedes Aegypti da Paraíba é a pesquisa. De qualquer forma, o mais importante é a prevenção no combate ao vetor", disse Roberta Abath, secretária estadual de Saúde da Paraíba.

No Piauí, foi criado um plano de monitoramento das ações de combate ao Aedes em todos os municípios do Estado. As equipes de Saúde visitaram 360 imóveis e em 14,2 mil deles foram encontrados focos do mosquito. Também foi alterado o fluxograma de atendimento às gestantes na rede pública de saúde para facilitar a identificação e notificação de casos de microcefalia.

Na Bahia, o governo está usando mosquitos transgênicos para reduzir a contaminação. A Secretaria Estadual de Saúde criou o aplicativo "caça-mosquito" para mapear locais de foco com a ajuda da população, que pode fazer denúncias anônimas.

Em Alagoas, onde foram confirmados 15 casos de microcefalia neste ano, o governo estadual decidiu intensificar as campanhas de conscientização da população. A secretária estadual de Saúde, Rozangela Wyszomirska, fez um apelo para que os alagoanos mantenham fechadas as tampas dos reservatórios de água.

Fonte: R7